É um centro de promoção & educação para a mobilidade em bicicleta.
Quais são os nossos objectivos?
- incubação & aceleração de uma cultura de mobilidade activa
- normalização e aumento do uso da bicicleta
- maior inclusão na mobilidade, no lazer e no turismo em bicicleta
- shift modal carro -> bicicleta (e outros modos activos)
- maior segurança rodoviária
- maior qualificação e mais emprego no sector da promoção, planeamento e apoio à mobilidade em bicicleta (e outros modos activos)
- diversificação dos usos locais da bicicleta para incluir de forma relevante micrologística, venda ambulante, reabilitação e turismo
A visão de longo prazo é uma cidade melhor para se viver e trabalhar, mais verde, próspera e socialmente justa.
Quem são os stakeholders?
- cidadãos de Lisboa e além
- turistas (nacionais e estrangeiros)
- ciclistas
- automobilistas
- peões
- comércio local
- operadores turísticos na área da bicicleta
- grandes empresas
- operadores de transporte público
- instituições públicas
- transportadoras e condutores profissionais
- indústria e retalhistas do sector da bicicleta e afins
- escolas de condução
- escolas e universidades
- crianças, pais, pessoas com necessidades especiais (por doença, deficiência, envelhecimento ou outros), famílias
Como é o ecossistema?
A grande inovação do projecto d’A Casa da Bicicultura é a forma como junta diferentes actores, criando mais valor para todos. A constelação de valor na figura abaixo mostra como diferentes actores trocam valor entre si (as trocas podem ser monetárias e não-monetárias).
(clique para aumentar)
Descrição geral do projecto
A comunidade constrói-se dentro e à volta da casa:
A Casa da Bicicultura pretende reavivar a cultura local e transplantar para Portugal as culturas maduras de uso da bicicleta na mobilidade quotidiana que conhecemos nos países nórdicos e em muitas outras cidades mundiais, como forma de acelerar a adopção deste estilo de vida pelos portugueses, reduzindo as barreiras com que estes ainda se deparam. Queremos tornar mais fácil e acessível trocar o carro pela bicicleta nas pequenas deslocações do dia-a-dia, e também trocar tempos livres dentro de portas por alternativas activas, ao ar livre, em bicicleta.
Muitos de nós tivémos já a oportunidade de visitar ou de viver noutras cidades europeias onde o uso da bicicleta é prevalente, ficámos maravilhados ao ver mães e pais a levar 2 e 3 crianças à escola de bicicleta, pessoas a transportar todo o tipo de objectos em bicicletas de carga, pessoas de idade avançada a fazer a sua vida de bicicleta para aqui e para li, crianças em grupos a pedalar para a escola, e também nós aderimos a este meio de transporte com a mesma naturalidade de quem lá vive. Mas depois chegamos a Lisboa e lamentamos não poder continuar a fazê-lo, nem em lazer, e frustra-nos privar os nossos filhos dessas experiências. Porque não se encontram bicicletas destas à venda, porque as nossas casas não têm sítio onde as guardar, porque não conhecemos muita gente que também use a bicicleta no dia-a-dia, porque temos receio de andar na estrada, etc, etc.
O projecto da Casa da Bicicultura é para servir a população em geral, mas é uma ideia que surgiu a pensar especialmente nas necessidades das famílias com crianças, das famílias e instituições com pessoas com necessidades especiais a seu cargo, dos mais velhos, e também dos desempregados e sub-empregados a planear lançar negócios próprios em que a bicicleta poderá ser a base ou pelo menos uma ferramenta importante (street food, estafetagem e micrologística, artesanato, entre outros).
A Casa da Bicicultura terá à disposição da comunidade uma frota diversificada de bicicletas e triciclos, e ainda uma “biblioteca” de componentes como selins e guiadores, de acessórios como cadeiras de criança, atrelados, cestos e alforges, além de livros. Os custos de aquisição / manutenção serão distribuídos por todos os membros, que terão assim acesso fácil a soluções para todos os gostos e necessidades, para usarem sempre que precisarem, e apenas quando precisarem, a um preço acessível e de forma prática.
Os membros terão também acesso a uma oficina equipada onde poderão aprender a fazer, e fazer, a manutenção das suas próprias bicicletas, sozinhos, em conjunto, ou recorrendo a mecânicos profissionais sempre que precisem. Manter a bicicleta a rolar em boas condições será fácil, económico e um pretexto para socializar.
A partilha de conhecimentos, competências e experiências, e o aspecto social, é outro dos vectores essenciais do projecto. A Casa da Bicicultura será essencialmente um centro cultural, com tertúlias, workshops, aulas de condução, campos de férias para as crianças, feiras de usados, sessões de reabilitação física para quem delas possa beneficiar, sessões de cinema, passeios, viagens e excursões em bicicleta, e outras actividades que ponham as pessoas em contacto, que melhorem as suas experiências de mobilidade em bicicleta e que validem e reforcem a sua adesão à bicicleta.
A par disto, queremos desempenhar um papel importante de outreach, levando os nossos programas de formação e sensibilização onde eles poderão ter impacto na adesão ao uso da bicicleta e na segurança do mesmo: escolas e universidades, empresas, instituições públicas, escolas de condução [automóvel], condutores profissionais, membros das forças policiais, entre outros.
Mapa das actividades base (clique para aumentar):
A Casa da Bicicultura pretende funcionar como uma incubadora para uma nova e reforçada cultura da bicicleta em Portugal, que nos ajude a depender menos do automóvel e a ter uma vida mais activa e mais ligada aos outros, criando assim cidades mais seguras, mais verdes, mais prósperas, mais inclusivas, em suma, cidades mais atractivas para viver e trabalhar em qualquer fase e circunstâncias da vida. A Casa da Bicicultura quer democratizar o acesso à bicicleta e, através desta, o acesso à vivência da cidade.
Que passos já foram dados?
No início de 2016 foi criado e divulgado um inquérito para sondar opiniões e aferir o interesse da população nos serviços centrais previstos para a Casa da Bicicultura, e obtiveram-se 239 respostas. Os resultados deram-nos confiança no papel que este centro poderá desempenhar na cidade e validaram localmente a ideia.
Concorremos ao FAZ – Ideias de Origem Portuguesa de 2016, e tivémos uma boa votação do público.
O que está a acontecer agora?
Estamos na fase de planear o projecto, formalizar a associação [sem fins lucrativos] e constituir as primeiras parcerias.
Os primeiros apoiantes são:
Como pode deixar a sua marca neste projecto e contribuir para que saia do papel?
Estamos à procura de parceiros para nos ajudarem a conseguir um espaço e angariar equipamento. Além disso procuramos também parceiros que possam contribuir com os seus serviços em regime de pro bono nas áreas:
- jurídica
- webdesign
- ilustradores / designers gráficos
- produção vídeo
- fundraising
- candidaturas & gestão de projectos
- business development
- e outras
E buscaremos, claro, a colaboração de voluntários para n outras actividades regulares de dinamização cultural.
Queremos conhecer-vos! Entrem em contacto: info@bicicultura.org
E podem subscrever a nossa newsletter, de forma a poderem ser contactados com novidades e apelos específicos relativos ao projecto.